sábado, 23 de maio de 2015

Piores epidemias da história da humanidade

Esqueça os pragas do Egito contadas na Bíblia. Essas pragas que nós listamos a seguir causaram um efeito muito mais devastador do que aquelas das histórias bíblicas. Conheça as pragas que mataram milhões em todo o planeta:



Nossa história é marcada por diversas epidemias e pragas que atacaram e mataram milhares de pessoas ao longo dos séculos. Algumas epidemias foram tão intensas que quase chegaram a aniquilar cidades inteiras. Muitas delas até tiveram um enorme impacto nas gerações futuras causando mudanças radicais na sociedade da época. Conheça as piores pragas já registradas pelo homem:

A praga e motim em Moscou

Os primeiros sinais de peste negra em Moscou apareceram no final de 1770. A doença só se transformou em uma grande epidemia na primavera de 1771. As medidas tomadas pelas autoridades levaram a uma situação muito pior: um motim. Com a criação de quarentenas forçadas, destruição de propriedades contaminadas sem compensação financeira, fechamento de banhos públicos, os cidadãos se revoltaram contra as ações do governo.

A economia da cidade foi paralisada porque muitas fábricas, mercados, lojas e prédios administrativos tinham sido fechados ou destruídos. Tudo isso foi seguido de uma grave escassez de alimentos, causando uma grande queda das condições de vida para a maioria dos moscovitas. A nobreza russa e moradores mais ricos da cidade deixaram Moscou devido ao surto de peste.

Na manhã de 17 de setembro de 1771, cerca de 1000 pessoas se reuniram exigindo a libertação dos presos em quarentena. O exército conseguiu dispersar a multidão e cerca de 300 pessoas foram levados a julgamento. Uma comissão do governo liderado por Grigory Orlov foi enviado a Moscou em 26 de setembro para restaurar a ordem. Ele tomou algumas medidas contra a peste e forneceu aos cidadãos trabalho e comida, o que finalmente pacificou o povo de Moscou.

Grande Peste de Marselha

A grande praga de Marselha foi um dos surtos europeus mais significativos de peste bubônica no início do século 18. Na cidade de Marselha, na França, em 1720, a doença matou 100 mil pessoas. No entanto, Marselha recuperou-se rapidamente do surto de peste. Em 1765, o crescimento da população estava de volta ao seu nível pré-1720.

Tentativas de parar a propagação da praga incluíram uma lei do Parlamento de Aix que incidia na pena de morte para qualquer comunicação entre Marselha e no resto das províncias. Para impor essa separação, uma parede denominada “Mur de la Peste” foi erguido em toda a fronteira da cidade.

A terceira pandemia

“Terceira Pandemia” é o nome dado a uma grande pandemia que começou na província de Yunnan na China em 1855. A doença matou mais de 12 milhões de pessoas na Índia e China. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a pandemia foi considerada ativa até 1959, quando as baixas caíram para 200 por ano.

Praga de Justiniano

A praga de Justiniano foi uma pandemia, ocorrida no reino de Justiniano I, causada pela peste bubônica que afetou o mundo mediterrâneo, com maior incidência no Império Bizantino entre os anos de 541 e 544. Foi uma das maiores pandemias da história, com impactos similares aos da Peste negra que ocorreria mais tarde. É estimado que 100 milhões de pessoas tenham morrido como consequência da Peste de Justiniano. Estudos genéticos apontam que a doença teria se originado na China e seria causado pela bactéria Yersinia pestis, assim como as outras grandes pragas.

Grande praga de Londres

Foi uma epidemia que ocorreu na Inglaterra que vitimou entre 75.000 a 100.000 pessoas, ou seja, praticamente um quinto da população de Londres na época. A epidemia de 1665-1666 foi em menor escala do que a anterior “Peste Negra” que atingiu a Europa entre 1347 e 1353, mas é chamada como a “grande praga” porque foi uma das últimas a se espalhar pela Europa.

Peste de Atenas

A febre tifóide matou um quarto das tropas atenienses e um quarto da população da cidade durante a Guerra do Peloponeso. Esta doença fatal debilitou o domínio de Atenas, mas a virulência completa da doença preveniu sua expansão para outras regiões, a doença exterminou seus hospedeiros a uma taxa mais rápida que a velocidade de transmissão. A causa exata da peste era por muitos anos desconhecida; em janeiro de 2006, investigadores da Universidade de Atenas analisaram dentes recuperados de uma sepultura coletiva debaixo da cidade e confirmaram a presença de bactérias responsáveis pela febre tifoide.

Peste Negra

Em 1300, oitocentos anos depois do último aparecimento, a peste bubônica tinha voltado à Europa. Começando a contaminação na Ásia, a doença chegou à Europa mediterrânea e ocidental em 1348 (possivelmente de comerciantes fugindo de italianos lutando na Crimeia), e matou vinte milhões de europeus em seis anos, um quarto da população total e até metade nas áreas urbanas mais afetadas.

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