quinta-feira, 16 de julho de 2015

O tesouro dos templários existe

Sendo um misto de luta e devoção religiosa, o movimento cruzadista abriu caminho para que diversas ordens de natureza monástico-militar surgissem no Oriente. No século XII, um conjunto de monges cavaleiros franceses foi designado para proteger a cidade de Jerusalém, recentemente conquistada pelos cristãos na passagem entre os séculos XI e XII. Chamados de cavaleiros Templários, ocupavam uma ala do palácio real que teria sido parte integrante do antigo Templo de Salomão.

Notados pelas vestes brancas e a cruz, esses cavaleiros foram se tornando de grande importância na defesa dos Estados Cristão no Oriente, constantemente atacados pelas tropas muçulmanas. Na medida em que exerciam função militar de destaque, acumulavam terras, castelos e outros bens que transformaram essa ordem religiosa em uma poderosa instituição econômica. Não raro, financiavam caravanas que estabeleciam o elo comercial entre a Terra Santa e a Europa Ocidental.

Por volta do século XIII e XIV, uma parcela significativa dos templários se encontrava em território francês, detendo semelhante prestígio econômico e militar na região. No ano de 1307, o rei francês Felipe, O Belo, decidiu promover a prisão dos cavaleiros templários sob a alegação de cometerem pecados diversos contra a doutrina católica. Ao mesmo tempo, o papa Clemente V determinou a extinção da ordem religiosa e o grão-mestre templário Jacques de Molay foi condenado à morte.

No desencadear dessa grande devassa contra os templários apareceram diversas lendas sobre o funcionamento interno da ordem e as intenções do monarca francês. Entre a suspeita de rituais secretos e outras ações de natureza vividamente autonomista, corria o forte burburinho de que os templários preservavam um tesouro secreto. Para alguns, tendo em vista a ambição política e financeira do rei Felipe, os templários teriam preservado um grande tesouro ao longo dos séculos.

Segundo algumas teorias, os templários conservariam um enorme tesouro localizado em terras espanholas ou escocesas. Já outros curiosos sobre o tema especulam que o tesouro templário ainda teria sido preservado em terras francesas, na região da Normandia, ou em Rennes-le-Château, uma pequena aldeia situada no sul da França. De fato, ao longo todo o século XX, percebemos a existência de toda uma literatura que tenta alimentar a aura deste intrigante mistério.

De acordo com recentes pesquisas históricas, a manutenção desse mistério desconsidera o contexto francês na Baixa Idade Média. Nesse período, a formação das monarquias nacionais e o gasto com as cruzadas determinaram a criação de uma enorme dívida por parte dos monarcas franceses. Assim, antes da perseguição aos templários, o rei Felipe tinha buscado várias estratégias para saldar os cofres do governo. Foi daí que a perseguição contra a Ordem Templária apareceu.

O historiador Raymond Cazelles afirma que Felipe, O Belo, promoveu um confisco de bens e propriedades bastante significativo ao perseguir os templários. Mais do que simplesmente sanar o déficit orçamentário de seu país momentaneamente, aquele vultoso espólio consegui garantir a estabilidade econômica francesa por alguns anos. Dessa forma, fica muito difícil acreditar que algum outro quinhão tenha ficado em segredo ou fora descoberto somente alguns séculos mais tarde.

Quem foi o físico Isaac Newton

Isaac Newton foi um personagem muito importante na história da ciência, principalmente nas áreas da física e da matemática. Nascido em 1643, mesmo ano da morte do físico Galileu Galilei, em uma pequena cidade localizada na Inglaterra, Newton foi um gênio da sua época. Além de física e matemática, ele estudou filosofia, astronomia, alquimia, teologia, astrologia entre outras ciências. Ele, juntamente com vários outros cientistas e pensadores da época, acreditavam que o estudo dessas ciências possibilitaria a compreensão e estudo dos fenômenos naturais.

Newton ficou muito conhecido por todos os trabalhos, pesquisas e investigações experimentais que realizou. As investigações experimentais eram cheias de rigor matemático, e se tornaram um verdadeiro modelo de investigação para as ciências dos séculos posteriores. Dentre os muitos trabalhos que Isaac Newton elaborou, podemos citar:

• O desenvolvimento da série de potência de um binômio, que hoje é conhecido pelo nome de binômio de Newton;
• A criação e desenvolvimento do cálculo diferencial e cálculo integral, o que é uma ferramenta muito importante para o estudo dos fenômenos físicos. Além de ser ele o criador dessa ferramenta, foi também ele quem a utilizou pela primeira vez;
• O estudo sobre os fenômenos óticos que possibilitaram a elaboração da teoria sobre a cor dos corpos;
• O estudo das leis dos movimentos, lançando as bases da Mecânica;
• O desenvolvimento das primeiras ideias sobre a Gravitação Universal.

domingo, 5 de julho de 2015

Acelerador de Partículas


Em novembro de 2009, a exemplo do que ocorreu com outros meios de comunicação, foi veiculado pelo site http://hypescience.com/lhc-fim-do-mundo/ uma matéria que afirmava que “Apesar de ameaças de morte, temores e raiva de algumas pessoas pelo mundo, os cientistas do Grande Colisor de Hadrons, de US$ 8 bilhões, não recuam.”. Para compreender a matéria na sua essência, é necessário entender o que é um acelerador de partículas.

Henri Becquerel

Antes de tudo, é preciso mencionar um dos descobrimentos científicos mais importantes da humanidade. Tal descoberta ocorreu no ano de 1896 quando o físico francês Henri Becquerel (Paris, 15 de Dezembro de 1852 — Le Croisic, 25 de Agosto de 1908).  Sua descoberta foi um  fenômeno que hoje conhecemos sob o nome de Radioatividade, que é a propriedade que alguns átomos possuem (Urânio, Polônio, etc.) de emitir energia espontaneamente. Os experimentos que foram determinantes para esta descoberta consistiam em submeter à ação dos raios solares uma amostra de algumas substâncias. Na fase seguinte, as substâncias eram colocadas em contato com uma chapa fotográfica, encerrada numa espécie de embrulho de papel impermeável à luz. Becquerel interpôs uma cruz de ferro entre a amostra e a chapa fotográfica.

As suas pesquisas, juntamente com as pesquisas de Wilhelm Konrad Roentgen (1845 - 1923) levam à criação da Ampola de Crookes, que é a peça chave no funcionamento dos televisores (é o velho tubo de imagem!). Resumidamente, o aparelho de TV que muitas pessoas ainda tem em casa são, na realidade, um acelerador de partículas. Isso mesmo: algumas pessoas têm um acelerador de partículas dentro de casa! Os aparelhos com LED e LCD são uma outra tecnologia.

A grande diferença entre o acelerador que temos em casa e o acelerador a que a matéria se refere, é a quantidade de energia e a finalidade do experimento. O Grande Colisor de Hadrons (LHC, na sigla em inglês), acelerador a que se refere a matéria citada no início deste texto é o maior acelerador de particular (e a maior máquina) já construída pelo homem.

Seus números são grandiosos. A máquina fica em um túnel de 27 km circular de circunferência e é enterrado cerca de 50 a 175 m. Atravessa as fronteiras suíça e francesa nos arredores de Genebra. O LHC foi projetado para colidir dois feixes de balcão rotativo de prótons ou íons pesados. colisões próton-próton estão previstas em uma energia de 7 TeV por feixe. As primeiras colisões ocorrem a uma energia de 3,5 TeV (Tera elétrons volt) por feixe e ocorreram em 30 de março de 2010.

Os feixes de mover ao redor do anel do LHC dentro de um contínuo de vácuo guiada por ímãs. Os ímãs são supercondutores são resfriados e por um enorme sistema criogênico.

O vídeo abaixo mostra alguns detalhes acerca dos números envolvidos na criação do LHC:

Primeira Lei de Newton ou Lei da Inércia

A Primeira Lei de Newton, ou lei da Inércia, diz que a tendência dos corpos, quando nenhuma força é exercida sobre eles, é permanecer em seu estado natural, ou seja, repouso ou movimento retilíneo e uniforme.


O estudo da causa do movimento dos corpos é algo que tem fascinado e aguçado a curiosidade de muitos, desde os tempos de Aristóteles. Aristóteles viveu por volta do século IV a.C, e com base em seus estudos acerca da natureza do movimento dos corpos, concluiu que um corpo só se movimenta se uma força estiver sendo aplicada sobre ele. Sendo assim, segundo sua proposição, para empurrar um caixote de madeira de um lugar a outro, o movimento prevalece somente se uma força estiver atuando diretamente no caixote, ou seja, enquanto ele estiver sendo empurrado. Outros cientistas também procuraram estabelecer leis físicas que descrevessem os movimentos dos corpos. Dentre estes, podemos citar: Galileu Galilei e Isaac Newton.

As interpretações acerca dos movimentos feitas por Aristóteles perduraram até o Renascimento (século XVII), quando Galileu, através de um método baseado em experimentação, propôs ideias que revolucionaram o que se pensava até então sobre a causa do movimento dos corpos. Realizando uma série de experiências, Galileu observou que quando um caixote sobre o solo é empurrado, além da força para deslocar o caixote de uma posição para outra, existem outras forças atuantes, porém estas se opõem ao movimento do corpo. Essas forças contrárias ao movimento são devido à resistência encontrada pelo corpo em contato com o ar que o circunda e o atrito com o solo. Logo, a partir de experimentações e reflexões sobre o que vinha sendo seu objeto de estudo, Galileu chegou à conclusão de que se caso não houvesse forças contrárias ao movimento do caixote (se fosse possível eliminar a força de resistência do ar e a força de atrito com o solo), ele não cessaria o movimento, ou seja, continuaria se movendo infinitamente em movimento retilíneo e com velocidade constante depois de iniciado o movimento. Esse fato contraria o que pensava Aristóteles, que dizia que quando não existisse força aplicada no objeto, consequentemente sua tendência seria voltar para o estado de repouso.

A propriedade de permanecer em repouso quando em repouso, e em movimento quando se movendo é conhecida como inércia.

Também no século XVII, depois de estabelecido o conceito de inércia por Galileu, Newton, em seu livro Princípios matemáticos da filosofia natural, formulou as leis básicas da mecânica, que hoje levam seu nome e são conhecidas como as Leis de Newton. Estas leis, também conhecidas como as leis dos movimentos, relacionam movimento e força. Concordando com as ideias de Galileu, de que um corpo pode estar em movimento mesmo que nenhuma força atue sobre ele, Newton as utilizou no enunciado de sua primeira lei, conhecida como Lei da Inércia.

Primeira Lei de Newton: Lei da Inércia

Lei da Inércia: tendência que os corpos possuem em permanecer em seu estado natural, repouso ou movimento retilíneo e uniforme.

Para exemplificar, imaginem a seguinte situação: quando uma família viaja em um automóvel em movimento retilíneo e uniforme, em relação à Terra, e por algum motivo o motorista freia bruscamente, todos que estão no carro são atirados para frente em relação ao carro. Isso ocorre em virtude da inércia, isto é, da tendência que todos têm em manter a velocidade constante com que o carro vinha trafegando em relação à Terra.

Em resumo, na ausência de forças:

 Um corpo ou objeto parado, em razão de sua inércia, tende a permanecer em repouso;
 Uma vez iniciado o movimento, a tendência do corpo é permanecer em movimento retilíneo e uniforme.