Os autores de um estudo publicado na revista "Journal of Personality and Social Psychology" descobriram que as pessoas tendem a se fixar em rostos atrativos até meio segundo depois de vê-las, e então as qualificam como possíveis parceiros ou rivais.
"O estudo chega aos aspectos perceptivos básicos na busca de parceiros", disse o psicólogo Jon Maner, da Universidade Estadual da Flórida, que chefiou a pesquisa. "Ele mostra o quão rapidamente, fortemente e automaticamente as pessoas ficam sintonizadas com a atratividade física, seja procurando parceiros ou guardando seus parceiros de potenciais rivais", disse ele.
No estudo, alunos universitários viam durante um segundo fotos de pessoas muito atraentes ou de aparência mediana, e então tinham de olhar para outras coisas. Ao medir o tempo de reação das pessoas, Maner e sua equipe conseguiram determinar que basta meio segundo para aferir se alguém é atraente. Além disso, as pessoas tendiam a se fixar nos rostos atraentes por meio segundo a mais além do limite de um segundo.
Os universitários solteiros em geral se interessavam pelo sexo oposto. "[As muito atraentes] são o tipo de pessoa que podemos preferir como parceiros românticos, mas não significa que seríamos capazes de ter um relacionamento com elas, porque pessoas altamente atraentes são muito disputadas", disse Maner.
Já as pessoas envolvidas em um relacionamento afetivo pareciam, ao ver as fotos, mais interessadas nas pessoas do mesmo gênero. "[Em relação às pessoas mais bonitas] nós temos ciúmes e ficamos vigilantes, preocupando-nos com a infidelidade ao tentarmos guardar nossos parceiros", explicou Maner.
O estudo também mostrou as armadilhas da fixação visual, inclusive os efeitos negativos para a auto-estima quando se olha uma pessoa atraente do mesmo sexo. Segundo Maner, essa negatividade pode estar ligada a distúrbios como a bulimia.
Outro inconveniente é que as pessoas se tornam menos satisfeitas com suas atuais relações. "A evidência nos mostra que quando vemos alternativas atraentes aos nossos parceiros isso nos faz sentir menos satisfeitos e menos comprometidos com o nosso atual parceiro, o que claramente tem implicações para o sucesso da relação."
G1
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