O elemento básico para fabricar fósforos foi descoberto acidentalmente pelo alquimista alemão Henning Brand. Brand descobriu o elemento químico fósforo em 1669 ao destilar uma mistura de urina e areia na procura da pedra filosofal (que ao tocar qualquer tipo de metal, esse metal virava ouro). Ao vaporarizar a uréia obteve um material branco que brilhava no escuro e ardia com uma chama brilhante. Por este efeito, Brand deu-lhe esse nome (do latim phosphŏrus, e este do grego φωσφόρος = "Fonte de Luz"). Brand manteve esta descoberta em segredo até 1675 quando mostrou o material aos seus amigos, tornando-se notícia em Hamburgo. Em 1680 o cientista britânico Robert Boyle - um dos fundadores da química moderna - reparou que uma chama era formada quando o fósforo era esfregado no enxofre. Boyle acreditava que a chama não era causada pela fricção, mas sim por algo inerente ao fósforo e ao enxofre. Ele tinha razão. Encontrara o principio que conduziria a invenção do fósforo. Coube ao farmacêutico inglês John Walker produzir, em 1827, palitos de fósforo que podem ser considerados, apesar de seu grande tamanho, “o precursor” de nossos fósforos. Palitos menores foram comercializados na Alemanha em 1832, mas ainda eram extremamente perigosos: costumavam incendiarem sozinhos dentro da própria embalagem.
Foi nos Estados Unidos que Alonzo D. Phillips de Springfield obteve, em 1836, uma patente para “fabricar fósforos de fricção” e os chamou “locofocos”. Mas o perigo ainda era grande e só foi resolvido após a descoberta do fósforo vermelho, em 1845. Foi o sueco Carl Lundstrom que introduziu em 1855 fósforos seguros. Além de ser fabricado com fósforo vermelho, para uma maior segurança, seus ingredientes inflamáveis foram colocados em dois locais distintos: na cabeça do palito e do lado de fora da caixa, junto com o material abrasivo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário