segunda-feira, 22 de setembro de 2014
Robôs dominarão a raça humana no futuro?
Há muito tempo atrás, ninguém acreditaria que, um dia, as máquinas poderiam controlar os seres humanos. Mas atualmente, após tantos filmes mostrando as possibilidades do domínio absoluto da tecnologia, começamos a ter receio de uma revolução dos robôs. Pesquisadores discutem sobre os caminhos que as máquinas percorrerão e dizem que nossa relação com elas provavelmente será amigável. Mas esse “provavelmente” aí incomoda…
Existe realmente uma série de condições que podem criar uma situação na qual esses seres mecânicos poderiam nos exterminar. Primeiramente, consideremos a visão otimista que as máquinas sempre atuarão como nossas serviçais. Para que isso aconteça, a solução, evidentemente, seria não inventar sistemas que possam ser tão perigosos a ponto de poder ficar fora do controle humano.
Algo parecido com a Skynet (aquele sistema de defesa computadorizado de “O Exterminador do Futuro”, que resolve destruir a humanidade), já é possível. Mas aí vem a pergunta: por que ainda não foi criado? A resposta é: porque nações com armas nucleares, como os Estados Unidos, não querem transferir para computadores a responsabilidade de disparar mísseis nucleares. Mas, numa escala mais reduzida, um alto grau de autonomia foi dado a algumas máquinas. O número de sistemas robóticos que podem, de fato, “puxar o gatilho” está aumentando a cada dia. Mesmo assim, os humanos ainda controlam os sistemas e têm a palavra final sobre se um ataque de mísseis deve continuar ou não.
O sistema inteligente e autônomo
No filme, os militares criam a Skynet para reduzir o erro humano e a demora da resposta em caso de ataque contra os Estados Unidos. Quando os controladores humanos percebem o perigo representado pelo sistema, tentam desligá-lo. A rede entende isto como uma ameaça à sua existência e, a fim de destruir seu inimigo, desencadeia um ataque contra a Rússia, provocando uma retaliação. Bilhões de pessoas morrem em um terrível holocausto nuclear. Skynet, em seguida, constrói usinas que fabricam exércitos de robôs para eliminar o resto da humanidade. Na vida real, alguns guardas impediriam um sistema autônomo de ameaçar mais pessoas do que ele é programado para fazer. Sistemas também poderiam ser programados para tomar decisões estratégicas, da maneira que Skynet fez, mas limitadas. “Todos os sistemas que construiremos no futuro terão habilidades específicas”, dizem os especialistas. “Eles serão capazes de monitorar a região e talvez atirar, mas não irão substituir os humanos”. Tomara.
O que os especialistas dizem…
Michael Dyer, engenheiro de computação da Universidade da Califórnia, não é tão otimista. Ele diz que “os seres humanos acabarão sendo substituídos por máquinas” e que isso pode não acontecer de modo pacífico. O progresso incessante da pesquisa de inteligência artificial conduzirá, fatalmente, a máquinas tão inteligentes quanto nós, no próximo século, Dyer prevê que civilizações avançadas chegarão a um ponto de inteligência suficiente para compreender como seu cérebro é feito, e então construirão versões sintéticas de si mesmas. Isso poderia se originar de tentativas de estabelecer nossa imortalidade.
Dyer imagina que outra corrida armamentista do sistema robótico poderia resultar numa das partes ficando fora de controle. “No caso de uma guerra, por definição, o lado inimigo não teria controle sobre os robôs que estariam tentando matá-lo”, ele declarou. Como Skynet, os fabricados podem se revoltar contra os fabricantes. Uma condição de dependência dos robôs também pode fugir do controle. Imaginemos que uma usina que fabrica robôs, e não segue comandos humanos, recebe uma ordem para desligar a fábrica. Mas os robôs se recusam. Então, um comando é emitido pelos seres humanos para paralisar os caminhões de entrega de materiais necessários para a fábrica, mas os motoristas são robôs, e também se recusam. E assim sucessivamente.
Um pouco de inteligência impediria que a humanidade caísse nas armadilhas imaginadas pelos roteiristas de Hollywood. Mas a ambição de lucro das empresas certamente gerará mais automação, e a inteligência quase sempre perde. “Cenários apocalípticos são fáceis de criar e eu não descartaria essa possibilidade”, diz o pesquisador Shlomo Zilberstein. “Mas eu não estou preocupado”, ele completa. E você, caro leitor, está?
Fonte:vocesabia
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